O tronco da árvore que
rasgou este solo infértil
pertence-me,
mas as raízes que desbravam caminho
não o são,
porque são vontades...
Pertencemos aos desejos
e não o inverso
pelo que a árvore enraizada
é o homem que sou
e o sítio onde estou plantado
me está guardado
embora não prometido
Os ramos que me acresentam
são braços que estendo para
chegar mais longe
e tentar agarrar o
que está fora de alcance
O que é imaginado é a
semente do que sente
e a prisão dos sonhos
é sermos Homens enraizados
cujos ramos não alcançam
o mesmo que as raízes perseguem
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