Assim que eu feche os olhos
Embalado no sono
Hás-de fugir,
Hás-de partir
Tenhas rumo ou não,
Hás-de dar outra solução
Ao problema que te consuma
E das duas uma...
Ou serás resoluta
Ou viveras audaz
Entre areias movediças
Assim repouse eu a cabeça
E esqueceras os minutos
Que levaram horas a passar,
As recordações serão parte
Da tua vida sem que consintas
Ainda que mintas
Ainda que facas de conta
Serão tatuagem que fica
Gravada para lá da pele
Na fuga que hás-de iniciar
Hás-de levar mais que
Os teus pertences,
Será bagagem que te há-de pesar
Será talvez fardo que hás-de carregar
Ate que eu torne a conseguir
Fechar os olhos para descansar
Entre Dentes
Visitas
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
sábado, 25 de junho de 2011
"Força de Vontade"
Quero tentar ser eu
mas existem partes minhas
que ainda não me cederam
o domínio,
nem entenderam que é
seu desígnio
estarem entregues à minha sorte
Se conseguir no tempo que me resta
vou procurar ser capaz
de ter vontades capazes
de me obedecer
A força que me traga
a capacidade de o concretizar
será aquilo que me dará o resultado
da soma dos meus pedaços
mas existem partes minhas
que ainda não me cederam
o domínio,
nem entenderam que é
seu desígnio
estarem entregues à minha sorte
Se conseguir no tempo que me resta
vou procurar ser capaz
de ter vontades capazes
de me obedecer
A força que me traga
a capacidade de o concretizar
será aquilo que me dará o resultado
da soma dos meus pedaços
sábado, 11 de junho de 2011
"Choque Térmico"
Gelado,
é crível que este vidro estale
no choque térmico
com o teu sol interior
Aquilo que acalentas
esfria os demónio que expulso
e o calor que acrescentas
gela o meu refreado impulso,
julgo que estas condições
estão inversamente invertidas,
mas assim de cabeça para baixo
não observo as coisas tão bem
Onde as minhas coisas arrefecem
sei que encontrarei o quente
do que te compõe,
morna apenas a hesitação
em quebrar o gelo
é crível que este vidro estale
no choque térmico
com o teu sol interior
Aquilo que acalentas
esfria os demónio que expulso
e o calor que acrescentas
gela o meu refreado impulso,
julgo que estas condições
estão inversamente invertidas,
mas assim de cabeça para baixo
não observo as coisas tão bem
Onde as minhas coisas arrefecem
sei que encontrarei o quente
do que te compõe,
morna apenas a hesitação
em quebrar o gelo
terça-feira, 10 de maio de 2011
"O Adormecer dos Sonhos"
Os pesadelos apenas surgem
quando os sonhos exaustos
precisam eles também
de dormir
Sem sono,
um sonho mau,
pode ter o despertar que baste
para por de parte
o aparte da vida em
que tudo é possível,
assim como ser um sonho,
porque é preferível sê-lo
que viver em pesadelo
Assim eu não adormeça...
quando os sonhos exaustos
precisam eles também
de dormir
Sem sono,
um sonho mau,
pode ter o despertar que baste
para por de parte
o aparte da vida em
que tudo é possível,
assim como ser um sonho,
porque é preferível sê-lo
que viver em pesadelo
Assim eu não adormeça...
sábado, 7 de maio de 2011
"Lágrima Cristalina"
Cristalina
a lágrima que desbrava caminho
no desero da minha face,
está perto
de encontrar nova sorte
no precipício terminal
do final do meu rosto,
em queda livre
numa livre escolha
decidirá cair de olhos fechados
aleatoriamente para uma
aterragen de emergência
sem outra certeza que não
a de dúvidas
Escolhendo permanecer
olhando o precipício,
aceitará perecer
e secar...
cópia do original
que a lançou,
assemelhada ao semelhante
que a criou,
lágrima cristalina discordante
do opaco turvo
que lhe deu vida
para à morte a lançar
a lágrima que desbrava caminho
no desero da minha face,
está perto
de encontrar nova sorte
no precipício terminal
do final do meu rosto,
em queda livre
numa livre escolha
decidirá cair de olhos fechados
aleatoriamente para uma
aterragen de emergência
sem outra certeza que não
a de dúvidas
Escolhendo permanecer
olhando o precipício,
aceitará perecer
e secar...
cópia do original
que a lançou,
assemelhada ao semelhante
que a criou,
lágrima cristalina discordante
do opaco turvo
que lhe deu vida
para à morte a lançar
terça-feira, 19 de abril de 2011
"Longe da Vista"
Por vezes fecho os olhos
assim como se dormisse,
assim como se não visse
as coisas para que acabei de olhar
e às vezes olho-as de frente
assim como se somente
existisse uma forma de as olhar,
observo-as,
para em seguida me cegar propostitadamente
Muito do que tenho visto
não está ao alcance da visão,
muito daquilo de que tenho
desviado o olhar está na
cara de um mundo inteiro,
enquanto eu vir primeiro,
vou semicerrar os olhos
para que outros vejam
e não sugiram criações
devaneios e invenções
da minha parte
Às vezes abstenho-me de ver
as coisas que nas entrelinhas leio
como palavras que algures
no meio estão mais carregadas que outras,
as mensagens têm o poder
de se auto transportarem
sem mensageiro,
pelo que aguardo notícias
num sono ligeiro
(falseado...)
porque aquilo que eu quiser
ver a sério
estará estampado no meu olhar
assim como se dormisse,
assim como se não visse
as coisas para que acabei de olhar
e às vezes olho-as de frente
assim como se somente
existisse uma forma de as olhar,
observo-as,
para em seguida me cegar propostitadamente
Muito do que tenho visto
não está ao alcance da visão,
muito daquilo de que tenho
desviado o olhar está na
cara de um mundo inteiro,
enquanto eu vir primeiro,
vou semicerrar os olhos
para que outros vejam
e não sugiram criações
devaneios e invenções
da minha parte
Às vezes abstenho-me de ver
as coisas que nas entrelinhas leio
como palavras que algures
no meio estão mais carregadas que outras,
as mensagens têm o poder
de se auto transportarem
sem mensageiro,
pelo que aguardo notícias
num sono ligeiro
(falseado...)
porque aquilo que eu quiser
ver a sério
estará estampado no meu olhar
quarta-feira, 6 de abril de 2011
"Desabafo"
...
Significasse que outras coisas
seriam parte de mim
e eu diria ser inteiro,
para não me fazer notar
assim por metades
que incompletas são tudo
o que tenho para mostrar
Significasse que outras coisas
seriam parte de mim
e eu diria ser inteiro,
para não me fazer notar
assim por metades
que incompletas são tudo
o que tenho para mostrar
quinta-feira, 31 de março de 2011
"Tempo Contado"
Parece-me que temos pouco tempo!
Já nem falo daquilo que duramos
porque a vida são de facto
três dias,
refiro-me antes ao tempo
que está contido
dentro desse mesmo tempo
que nos consome bem mais célere
do que inversamente somos capazes
de o manobrar
Tu e Eu
temos velocidades diferentes
e talvez por isso os desencontros
se sucedam,
desta forma não sei onde
te achar,
se na rapidez dos tuas euforias
se nas minhas lentas melancolias
Inocentemente prefiro pensar
que algures nos cruzamentos
das nossas trajectórias
as nossas histórias
terão os minutos necessários
para se tornarem em dias,
os tais três dias que
fazem uma Vida...
Neste tempo que não temos tido
tive tempo para pensar,
que o pensamento é
bem mais rápido
quando te julga encontrar
despreocupada de ti,
aqui, neste sítio onde os
momentos são todos meus
A falta que fazes
nas horas que mato
por não terem essência
é carência,
de uma hora ou duas
que seja o suficiente
para sufocar saudades tuas
na minha fraca respiração
de um peito apertado
pela opressão de um tempo
com tempo contado
para estar contigo
Já nem falo daquilo que duramos
porque a vida são de facto
três dias,
refiro-me antes ao tempo
que está contido
dentro desse mesmo tempo
que nos consome bem mais célere
do que inversamente somos capazes
de o manobrar
Tu e Eu
temos velocidades diferentes
e talvez por isso os desencontros
se sucedam,
desta forma não sei onde
te achar,
se na rapidez dos tuas euforias
se nas minhas lentas melancolias
Inocentemente prefiro pensar
que algures nos cruzamentos
das nossas trajectórias
as nossas histórias
terão os minutos necessários
para se tornarem em dias,
os tais três dias que
fazem uma Vida...
Neste tempo que não temos tido
tive tempo para pensar,
que o pensamento é
bem mais rápido
quando te julga encontrar
despreocupada de ti,
aqui, neste sítio onde os
momentos são todos meus
A falta que fazes
nas horas que mato
por não terem essência
é carência,
de uma hora ou duas
que seja o suficiente
para sufocar saudades tuas
na minha fraca respiração
de um peito apertado
pela opressão de um tempo
com tempo contado
para estar contigo
domingo, 27 de março de 2011
"As Aparências iludem"
Não tenho
mas faço de conta
que há em armazém,
não digo a ninguém
mas conto com os olhos
a todos e mais alguém...
Não sei,
mas dou a aparência
de que conheço,
porque estou por fora
e não quero que ninguém
me expulse de lá de dentro
Ultrapassa-me
mas no entanto faço aquele
papel de quem acompanha
a par e passo,
não faço
no entanto quem veja
parece que detenho a patente
Não sou assim...
de aparência...
mas aparentemente
e tal como toda a gente,
tenho estes escudos
que me resguardam de um
série de coisas e possibilidades
digo as minhas verdades
através das minhas mentiras e
sou eu com defeitos
a ser original
mas faço de conta
que há em armazém,
não digo a ninguém
mas conto com os olhos
a todos e mais alguém...
Não sei,
mas dou a aparência
de que conheço,
porque estou por fora
e não quero que ninguém
me expulse de lá de dentro
Ultrapassa-me
mas no entanto faço aquele
papel de quem acompanha
a par e passo,
não faço
no entanto quem veja
parece que detenho a patente
Não sou assim...
de aparência...
mas aparentemente
e tal como toda a gente,
tenho estes escudos
que me resguardam de um
série de coisas e possibilidades
digo as minhas verdades
através das minhas mentiras e
sou eu com defeitos
a ser original
segunda-feira, 21 de março de 2011
"Sem Palavras"
As palavras têm elas próprias
permissão para não ter palavras...
Numa abstinência de diálogos
existe comunicação suficiente
a brotar de um silêncio oportuno
e escutando atrás das portas
de uma expressão que
não teve voz,
descobrem-se verdades
clareiam as realidades
que por tempos indefinidos
teimaram em esconder
nas palavras de quem fala apenas
porque tem de ter algo a dizer
Em silêncio entendo
que as palavras têm dom
de ser segredo
e que ditas ou não ditas
são enredo delas mesmas
permissão para não ter palavras...
Numa abstinência de diálogos
existe comunicação suficiente
a brotar de um silêncio oportuno
e escutando atrás das portas
de uma expressão que
não teve voz,
descobrem-se verdades
clareiam as realidades
que por tempos indefinidos
teimaram em esconder
nas palavras de quem fala apenas
porque tem de ter algo a dizer
Em silêncio entendo
que as palavras têm dom
de ser segredo
e que ditas ou não ditas
são enredo delas mesmas
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