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quarta-feira, 28 de abril de 2010

“Ponto de Não Retorno”

(Saudades do "Balhelha"... )


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Descubro que estes sentimentos são novos
Mesmo que já os tenha conhecido
E agora que tenho o coração partido
Não faço ideia de como dar a volta por cima
E me lembrar de ti sem fraquejar…

Guardo de ti esse teu Sorriso
Ainda que sejas muito mais que isso,
E agora que é tudo o que eu preciso
Não posso sorrir e
Solto a lágrima teimosa que te quer lembrar
Ainda mais que eu!

Chegando a este ponto de não retorno
Apenas me resta
Olhar para trás,
Lá onde ficaram as coisas que significaram
Muito mais do que possamos explicar,
Foste muito mais do que
O comum Humano
És muito mais do que
O sorriso que agora recordo,
Agora que acordo
Para esta nova realidade
Não a aceito!...
Porque não sei como o fazer…
E aquilo que tenho dentro do peito
É pesado demais para que tente esquecer,
Não há forma de dar a volta
A estes momentos
Apenas há forma de lhes sobreviver…

Esta triste Saudade
É a mais dura Verdade que este dia
Me reservou,
Uma rasteira maldosa que
A Vida me pregou e
Fico sentido,
Quero atribuir a alguém as Culpas!
Quero apontar o dedo a algo!
Quero soltar esta raiva desgastante
Mas não acho um alvo onde acertar…

Guardo para mim este pesar,
Escondo em mim o meu fraquejar
E recordo-te numa lágrima…

domingo, 18 de abril de 2010

"Na Corda Bamba"

As coisas que nos prendem
expandem-nos a imaginação,
aumentam-nos o número de sonhos
de desejos e aspirações,
toldam-se as emoções
que são breves de tanto
que se dispersam

As amarras não serão limitativas
mas com certeza que
se mostram condicionantes
será dessa forma que
que se irão traçar os
mesmos ou novos caminhos

As questões com que nos prendemos
são debates de ideologias
que muitas vezes tendem a
apagar a decisão pela sensação,
pela vontade, querer e
pelo estímulo,
pelo impulso de um pulso galopante
que quer tudo aquilo
que dizem ser de contornar

Se algum dia nos libertarmos
e olharmos em volta para
não mais ver o que nos prenda,
talvez sentiremos a falta de um limite
que rapidamente nos enjoasse
de tal prisão...

Indecisos viveremos os dias
inconformados passaremos o tempo,
entre o pisar de um risco
e o risco de o pisar de facto...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

"O Diabo no Corpo"

Como se cada dia fosse o último, intenso e libertador!...

Abraços a todos!


Soundtrack: "Everything Invaded" . Moonspell



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Expulso os demónios do meu corpo
porque em dias que a loucura
me consome
não tolero a concorrência,
exploro a vivência de ser um louco
e nem tão pouco me perdoo
um só momento de fraqueza

Em dias que assomo à porta
de casa dos meus desejos
não espero que me abram a porta
nem quero que me convidem
a entrar,
estou lá para interromper
rasgar e fazer-me notar!
Ser eu e o ar que me rodeia
o alimento da ceia
daquilo que me possuiu!

Com os dentes corto os vidros
da montra onde me
encontrei exposto
e ofereço-me sem me vulgarizar,
porque estou neste jogo
para vencer mesmo
quando os demais julguem ganhar

Estou fera
porque me enclausurei sem razão,
Estou bera
insano na explosão de
todos os meus ódios que
o não são,
na pressa das minhas horas
com quem travo a luta ingrata
de tentar aprisionar os momentos,
estes meus sentimentos é
que são o bater do meu coração
e o tic-tac do meu relógio...

Às coisas que me movem e
me fazem andar sem os pés no chão
não ofereço a gratidão
mas concedo a comunhão de
uma cumplicidade,
a ser verdade...
os demónios não existem
o Diabo é que vive em cada um de nós!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Cela"

Tranquei-me num quarto escuro
com a chave por fora
e agora que me quero ir embora
não faço ideia de como sair

Sei que aqui as paredes são frias
e àsperas demais
o ar é contado
e cortado pelos meus acessos
de loucura,
aqui a noite é tão escura
como o dia
e as vozes que oiço
são mentiras que conto
a mim mesmo

Barriquei-me aqui dentro sozinho
mas no quarto que estava trancado
entraram de alguma forma
outros que não conheço
mas dos quais não sou amigo,
sei que cá estão comigo
mas que não estão para me ajudar

Trancado não sou mais um
na cadência registada lá fora
recolho-me para aqui ser o único
estou trancado e com a chave de fora...

domingo, 11 de abril de 2010

"A Outra Face"

Porque crescemos com a mais singular coisa que a vida nos traz e desaprendemos muitas vezes com facilidade as coisas sem razão nem explicação, sabemos que tudo tem um valor inestimável para nós de diferente forma e por esse motivo há que agarrar com unhas e dentes o que represente mais do que vemos numa primeira instância.
Hoje aprendi comigo mesmo, com as minhas acções e palavras e descubro-me como um Homem novo a cada momento da Vida que passa...

Vivam o suficiente para se arrependerem mas também para aprender!


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Eu que me ajeito bem mais
com as palavras
deixei por um dia
que o gesto falasse mais alto,
em sobressalto
aguentei o nervoso miudinho
de quem receia o fracassao
e ofereci bem mais que um
pedaço daquilo de que sou feito

Em acções dispendi todas
as emoções
para que não falasse
mais do que o necessário
e assim descobri
o meu outro lado,
um outro hemisfério,
que talvez deva levar tanto
a sério como
este lado do Mundo
onde me sinto como
peixe na água

Eu que me ajeito com as
palavras escrevo-as agora
porque acho que é
chegada a hora
de agir menos
e falar com as palavras
como sempre falámos...

Feitas as descobertas
há que não esquecer o que nos
acompanhou toda a vida

segunda-feira, 5 de abril de 2010

"Devaneio"

Se pudessemos entender
a forma inesperada como as
coisas acontecem
seríamos atingidos
mas sobreviveríamos

Se pudessemos entender
a forma inexplicável como as
situações nos usam
seríamos sujeitos
mas levantaríamos a cabeça

Tivessemos uma chance
para pelo menos ver
o "Replay"...
e gravaríamos a falha
que obrigaria a acertar
numa próxima