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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

"Palavras Geladas"

Queima-se a língua
no gelo das palavras
cortantes,
rasga-se o manto
que cobria as frases
e as ornamentava de
tuneis com luz no fim

Num surto epidémico
espalha-se o gelo
e o Sol desmaia
em cama de nuvens,
num quarto cinzento
chove dos olhos
de quem gelou
e se arrepiou de frio
com as farpas das verdades
cuspidas num trovão
libertado num duro discurso

Gela o sangue
quase rasgando veias,
quase colapsando um bater cardíaco,
em teias emaranhadas
expulsam-se inconsciências
que exigem ficar envoltas
na confusão,
num quarto cinzento
por mais que um momento
ouviu-se gelar um coração!

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