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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Amor e Ódio"

Mato-me!...

Assim que mordi as palavras doces
que tinha na boca e
as cuspi fora sem sequer
chegar a guardar o sabor,
assim que rasguei o beijo que
tinhas para me dar
com o corte de um olhar cinzento
e por isso lamento...

Foi  de ti que parti
em busca de em ti me perder
mendigo das tuas esmolas
sem abrigo do teu tecto,
incorrecto...
livre de ser preso
ao emaranhado dos teus cabelos

Mutilo-me!...
Em golpes fundos de
dor latejante,
na fúria gritante dos actos maldosos
dos meus pensamentos
que já foram sangrentos para contigo,
adversário amigo
brinco contigo ansioso por te ver perder
e reconhecer-me,
Gloreia-me e venera
para que te pise!...
e me arrependa logo em seguida...
para que te veja ferida
e me sinta bem por só eu te poder tratar

Mato-me mesmo!...
Mato-me furioso
por ter gozo em tudo em
tudo o que te tira Tudo,
fora eu mudo que falaria destas coisas
de outras maneiras
só mesmo para poder falar delas,
Mato-me porque te atormento
e por isso lamento...
sou um inconsciente com
consciência pesada,
Mato-me antes que te deixe
reduzida a Nada...

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